sábado, 3 de setembro de 2011

O primeiro Elenco - 1904 "A Bola, o símbolo"

A fotografia foi tirada em fevereiro de 1904, e mostra 23 atletas convenientemente paramentados, dispostos em três filas:
De pé, da esquerda para a direita, na última fila aparecem: Alberto Knewitz, Alfredo Cattaneo, José Mussnich, Guilherme Kallfelz, João Knewitz, Augusto Koch, Carlos Bohrer, Otto Mussnich, Frederico Strehlau, Oswaldo Siebel e Pedro Cléres.


"O Grêmio nasceu da bola" é uma expressão que se consagrou através da afirmação lapidar do saudoso fundados Pedro Haeffner. Tem sido citada pelos cronistas e encontra amparo no conteúdo da história da fundação, assim contada no vol 2 de "A História Ilustrada do Futebol Brasileiro" da Editora Documentação Brasileira:
"Trabalhando há algum tempo em Pôrto Alegre, Cândido Dias da Silva recebeu dos irmãos que moravam em SP, um presente que jamais esperara: uma bola de futebol. Em 1903, com exceção dos estrangeiros, pouca gente da cidade ouvira falar do nôvo esporte, e muito menos ainda tivera oportunidade de ver uma bola de couro. Cândido, porém, não se importou com a falta de conhecimentos e, aos fins de semana, reunia com êles, de bonde puxado a burro, ia jogar a sua bola para os lados da Cascata. Pedro Haeffner, um dos componentes do grupo, sugeriu então que Cândido, por carta, consultasse os irmãos sôbre a maneira de se praticar o futebol, pedindo, se possível, que êles mandassem também um livro de regras.
"Foi justamente nessa época que apareceu em Pôrto Alegre a equipe de futebol do Esporte Clube Rio Grande. Os inglêses e alemães que jogavam no time de Rio Grande haviam sido convidados para uma exibição na cidade e, no dia marcado, 7 de setembro de 1903, o campo da Várzea ficou rodeado de curiosos. Cândid, com sua bola debaixo do braço, estava entre êles, com a atenção redobrada. Em dado momento, a bola dos inglêses esvaziou-se, para desapontamento geral. Cândido, mais do que depressa, emprestou a sua, garantindo o final da demonstração. Em troca, ao final da partida, obteve dos jogadores as primeiras lições sôbre futebol e, principalmente dêles ficou sabendo como agir para fundar um clube. Os ensinamentos, aprendidos sôfregamente, tiveram um resultado fulminante: no dia 15 de setembro de 1903, uma semana após a exibição dos estrangeiros em Pôrto Alegre, foi fundado o Grêmio Foot-Ball Pôrto Alegrense, num salão de Barbearia da Praça XV de Novembro. Sem campo e com poucos sócios, o Grêmio tinha, entretanto, um patrimônio inestimável: a bola de Cândido Dias da Silva"

album dos 70 anos do Grêmio, Ed. Gazeta de Notícias

Gre-nal Eucalíptos: Marino arremata

Eucalíptos: Gre-Nal Decisivo 2 x 0      Dezembro de 62
Carnaval colorado estava no programa...

2 Golos de Marino

 MILTON MARTINS KUELLE
Dr em futebol e em odontologia, nasceu em P. Alegre, em 1933. Começou no Vila Federal, do nosso associativo menor, entrando para o Grêmio como juvenil, em 51. É titular desde 55 e é considerado um "gentleman". Vice em 55, e campeão desde 56 até 60, alcançou o "penta". Reserva do panamericano de 56, no México, voltou com o "bi", sendo 4 anos depois, em Costa Rica, o grande baluarte na conquista do vice, marcando um golaço contra a Argentina, quando vencemos por 1 x 0. Foi vice em 61 e um brilhante campeão em 62, além de participar das duas excursões do Grêmio ao Velho Mundo. Com 30 anos, ainda poderá "incomodar" aquêles que lutam por um lugar ao sol na linha avançada do Grêmio.
texto José Ney
 MARINO DA SILVA
Criticado e aplaudido, simultâneamente, Marino conseguiu mais uma faixa, sendo ponta-direita do grêmio, na maiúscula campanha de 1962. Nasceu em São Leopoldo em 1939, e como bom capilé, começou jogando na velha "taba", como juvenil do clube índio. Estreou no quadro de cima do Aimoré, em 1956, permanecendo até 1959, quando, em brilhante caminhada, sob a batuta de Carlos Froner, foi vice-campeão do futebol gaúcho, quedando-se atrás do Grêmio. Em 1960, convocado para o panamericano da Costa Rica, na volta, parou no Olímpico, firmando excelente contrato. Foi laureado em 60 e agora em 62, além de viajar para Europa em 61 e 62. É muito mais perigoso no miolo do ataque, prova disso, os dois golos do Grê-nal, que deu o primeiro passo rumo ao título.
texto de José Ney 


Defesas do goleiro Henrique


Quadros
Grêmio - Henrique, Renato, Airton, Altemir e Ortunho; Elton e Milton; Marino, Joãozinho, Ivo, Diogo (Juarez) e Vieira.
Internacional - Gainete; Soligo, Ari, Cláudio e Ezequiel; Zangão e Osvaldinho; Sapiranga (Mauro), Alfeu, Flavio e Gilberto.

revista do Gêmio - ano VII nº 39

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Jubileu de Prata da CIA Ipiranga Gre-Nal 161



"Em Rio Grande: Vitória espetacular do Grêmo!
Os indivíduos e as coletividades, recebem os acontecimentos, assim como as oportunidades da vida, de modo diverso; cada um reage conforme sua personalidade, educação, formação moral. Eis porque ecoou diversamente entre nós o clássico Grenal que decidiu o certame de 62.
Uns, demasiadamente confiantes, arrojados até, hipertrofiaram as provincianas possibilidades e arrogantemente sonharam com o momento auspicioso da vitória que daria início um grande carnaval. Outros, grupo mais numeroso, mas também inocente, confiava descansadamente na pujança do seu representante, no valor e brio nunca desmentidos do craque gremista, useiro e veseiro em superar-se e obter vitórias consagradoras. Decepção para muitos e satisfação para outros. O estádio Olímpico propiciou, qual Sourbone Futebolística, a todos, indistintamente, a grande e eloqüente lição: para arrogantes - humildade...
Aos primeiros, trouxe-lhes uma lição de modéstia e morigeração: ainda são pequenos demais para dobrar os bens grandes. É a falsa grandeza, o gigantismo provinciano [...]"
Jesus Afonso

Grêmio: Henrique; Valério, Airton, Altemir e Ortunho; Elton e Milton (Fernando); Adroaldo, Gessi, Marino e Volnei II.
Internacional: Gainete; Zangão, Ari, Cláudio e Ezequiel; Osvaldinho e Gilberto (Sérgio Lopes); Sapiranga (Bedeuzinho), Alfeu, Flávio e Gilberto

GOALS: Flávio (5min), Elton (Penalty 13min) e Marino (49min) 

 Goal de Marino
Goleiro colorado Gainete


Revista do Grêmio nº39 Ano VII

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Airton

A Força e Luz, como sempre, revela mais uma fornada de craques, dentre êles, com alguma bossa e muita compleição física, aparecia Airton Ferreira da Silva. Corria 1954 e o Grêmio, que desde 1949 vinha namorando o título, óra parando no Internacional, óra conhecendo o Renner (um ano, apenas), lançou os olhos para cima de Airton, manifestando cimentado interêse na conquista do vigoroso zagueiro. Se a memória não nos falha, cincoenta mil cruzeiros foi a quantia dispendida pelo mosqueteiro, mais o madeiramo que sobrasse da demolição do velho pavilhão da Baixada [...] A evolução de Airton foi rápida, e já em 1955, quando o Grêmio alcançava o vice-campeonato, o zagueiro se impunha à nossa platéia, criando uma "sombra" respeitável para Florindo, que na época, com muito justiça, era conhecido como "Gigante de Ébano".



Um corpo humano que parece feito de molas é a mola mestra da defesa tricolor

Um belo dia de 1959, Airton foi convidado a fazer testes no Santos. Foi. Treinou e, surpreendendo a todos, não agradou. Razões? Devem ter existido. A maior delas, no entanto, alegava que o player havia sentido falta da aclimatação, já que o futebol bandeirante, diferente do nosso, e o nervosismo de atuar ao lado dos maiores "cobras" do associativo brasileiro, poderiam muito bem ter influído nas performances preliminares do zagueiro gaúcho. [...] Coube ao Botafogo "cantar a pedrinha", seguindo as entrelinhas do convite, dois milhões de cruzeiros mais um apartamento na cidade-maravilhosa. Airton esteve no vai-não-vai [...] para surpresa surpresa de todos o craque rejeitou a proposta milionária, inclinando-se por aquela que lhe acenava o seu clube, em ordem bem inferior.

Por José Ney


Revista do Grêmio ano VI nº 36, 1961

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Campeão Invicto 1962 1º Campeonato Sul Brasileiro


Equipe na vitória do Grenal de 21 - 3 - 1962
IRNO, SÉRGIO, AIRTON, ORTUNHO, MOURÃO, ELTON, E MILTON; ADROALDO, GESSI, (JUAREZ) JOÃOZINHO E VIEIRA

INTERNACIONAL - GAINETE, ZANGÃO, ARI, CLÁUDIO E NILO; SÉRGIO LOPES E OSVALDINHO; SAPIRANGA (TITE) FLÁVIO, LARRI (VEVÉ) E GILBERTO.

LOCAL: Estádio do Internacional
RENDA: Cr$ 1.497.100,00



FINAL: GRÊMIO 2 x 1

sexta-feira, 8 de abril de 2011

1968 - Grêmio x Seleção da Romênia, primeiro jogo do ano

Duas fases do empolgante jogo internacional que reuniu no Estádio Olímpico a vigorosa Seleção da Romênia, em fase de preparação para o Mundial do México e a representação do Grêmio que conquistou honroso empate, na noite em que os romenos paraninfaram a entrega das faixas aos Hexacampeões gaúchos de 1967.

A Valorosa e bem montada seleção romena foi constituída de : COMAN; IVANESCU, BARBU, DAN e DELEANU; GERGHELY e DIMITRIU (SASU); PIRCALAB, GROZEA, IONESCU (OBLEMENCO) e KALLO.

A equipe gremista formou com ARLINDO; ALTEMIR, PAULO SOUZA, ÁUREO e ORTUNHO; CLEO e SÉRGIO LOPES; BABÁ, JOÃOZINHO (PARAGUAIO), ALCINDO e VOLMIR

 A festa da entrega das faixas aos Hexacampeões gaúchos de 1967, paraninfada pela Seleção da Romênia, fechou com chave de ouro a portentosa jornada cumprida pela valorosa equipe gremista que deu ao Clube Tricolor mais um rutilante laurel.
Festejado prolongadamente o feito do goleador gremista, a competição prosseguiu para, aos 38 minutos, a representação romena, através de Pircalab, igualar o marcador, dando ao cotêjo cifras definitivas [...]

11 de janeiro de 1968

revista do grêmio - 13 nº41

Campeão Juvenil Invicto de 1967

poster ano 13 nº 41

Passa Tempo


Revista do Grêmio - Ano 13 nº 41

sábado, 26 de março de 2011

Grêmio Vence ao Wanderers


Essa foi a equipe do Grêmio que no dia 3 de abril de 1932 venceu ao time uruguaio Wanderers pelo escore de 2 x 1. Não está presente na foto o arqueiro Lara, muito embora tenha participado da porfia.
Nós, de nossa parte, confessamos que nunca assistimos um drama, na vida dos desportos, de enredo tão palpitante e de proporções tão comoventes como aquêle que se desenrolou no curto espaço de 90 minutos e do qual foram protagonistas os extraordinários maestros do Wanderers e os valorosos campeões de nosso estado.

Os Quadros

Grêmio
Lara
Dario - Sardinha I
Heitor - Poroto e Sardinha II
Lacy - Artigas - Luiz - Fogo e Nenê

Wanderers
Ceriani
Florio - Tejera
Delbono - Ochiussi e Carrica
Dorado - Bonino - Rodriguez - Figueroa e Iturdide

A Luta é Iniciada
Rodriguez movimenta a esfera. Era o início da pugna tão anciosamente esperada que trazia presa ao seui desenrolar milhares de espectadores.Os uruguaios perdem a bola para os locais que vão ao campo do seu contendor de onde são rechaçados por Tejera. Lara é o primeiro dos arqueiros a entrar em ação para defender o tiro de Ochiussi, ao cobrar uma falta dos locais.

Movimantada e parelha a partida
A partida prossegue movimentada e parelha até a altura do 26'
Iturdina cobra um escanteio atirando a bola pelo alto. Lara prepara para intervir acompanhando de costa a trajetória da pelota. Figueroa, também, que se postara atrás do grande guardião local, dá-lhe um calço, quando êste pretendeu pular, atirando-o ao solo. Dorado, então, de cabeça, assinala o ponto na meta sem defesa. O juiz nada viu, e o golo foi validado.
Wanderers 1 x 0
Quando faltavam três minutos para encerrar o primeiro tempo, Florio faz hands perto da área. Artigas bate a falta com maestria, desferindo violento tiro que passa entre Tejera e Ochiussi, que haviam formado, junto com seus demais companheiros, uma verdadeira muralha e vai aninhar-se no canto direito do arco de Ceriani, que se atirou magnìficamente, sem conseguir, contudo, tocar a esfera. Estava empatada a partida. Agora:
Grêmio 1 x 1
O segundo tempo.
Nos primeiros instantes do segundo tempo, Delbono comete falta. Sardinha II bate a penalidade. Ochiuussi desvia a pelota que vai ter a Nenê e êste, em violento tiro, faz estremecer as redes do golo de Ceriani.
Era o golo da vitória, recebido pela grande assistência, com um verdadeiro delírio. Decorriam a esta altura 5' de ações da segunda fase.
Grêmio 2 x 1
Os uruguaios estão tentando descontar a diferença e os gaúchos mantê-la. A torcida inicia nossa gente ao triunfo. |A torcida incita nossa gente ao triunfo. Os dois campeões lutam denodadamente, pois ambos almejam os louros da vitória, sendo ambos dignos dela.
E os minutos foram se escoando, durante os quais o quadro gremista atacou com mais constância até o final do sensacional embate. Foi uma grande vitória.

- ano 3 - nº 16


sexta-feira, 4 de março de 2011

Plantéis

1968 - Arlindo (Alberto); Altemir, Aírton, Áureo (Paulo Souza) e Everaldo; Cléo e Sérgio Lopes; Paíca, (Volmir), João Severiano, Alcindo e Loivo (Volmir)

foto: revista "Grandes Clubes Brasileiros nº7 - 1971

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Segunda Gira Tricolor pelo velho mundo - textos de Edson Pires


A gira gremista, que teve a duração de mais de 60 dias, pelos gramados do velho mundo, foi coroada de pleno êxito, pelos resultados positivos que conquistou no seu plantel, que embora os sacrifícios que muitas vezes teve pela frente, suplantou-os  todos pela união de todos seus componentes.

Pantel Disciplinado
Com referência aos atletas tricolores, êstes sòmente podem merecer de nós os melhores elogios, pois portaram-se como verdadeiros cavalheiros e souberam representar condìgnamente não só o Brasil como a sua agremiação nos países do Velho Mundo. Foram elogiados pelos proprietários dos hoteis, pela disciplina que mantiveram. Reinou entre todos o maior espírito de camaradagem e compreensão e nunca se registrou um atrito entre êles [...] 

Horas boas e más
Toda gira tem as suas horas boas e suas horas más. As melhores horas foram, sem dúvida, nas confraternizações nos vestiários, logo após as vitórias, além das missivas que recebiam de seus familiares e amigos, pois sempre que as cartas do Brasil chegavam em suas mãos, o sontentamento era dos maiores, e muitos choravam de saudades.
 As horas más eram sempre aquelas das derrotas, e estas foram poucas, já que o esquadrão gremista sofreu apenas quatro insucessos, e êsses para selecionados que lutaram na Copa do Mundo, e que vinham de muitos meses de preparação.

As maiores homenagens
Não poderíamos nesta recapitulação deixar de mencionar as granes homenagens que recebeu o esquadrão tricolor em sua recente gira, sendo que as maiores foram sem dúvida nos países socialistas, nos quais  seus dirigentes foram incansáveis em gentilezas, notadamente na Rússia, onde diversos jantares foram oferecidos pelos altos próceres do esporte soviético.

Clima e alimentação
Nossos atletas lutaram com grande fator adverso, representado pelo clima e alimentação. Jogando com baixas temperaturas e outras vêzes com mudança repentina de clima de uma hora para outra, além da alimentação completamente diversa da nossa, notadamente em algumas cidades onde as refeições eram custeadas pelo empresário. Em tais ocasiões na maioria das vezes limitava-se a oferecer um lanche aos atletas, isso para não falar numa noite em que nada de sal foi dado, além de termos viajado mais de 14 horas dentro de um trem sem leito e com um frio tremendo, pois a calefação não funcionava.
Em matéria de comida, muito semelhante à nossa, foi, sem dúvida na Grécia, onde todos almoçavam e jantavam bem e que o diga Gilnei, que era o maior gastrônomo da delegação.
Na Rússia, embora a fartura da alimentação, muitos não se deram bem com a mesma, como aconteceu com o massagista Carvalho, que mais passava a sardinhas do que qualquer outro alimento.

Outras notas
O mais fácil era comprar se comprar as cousas, pois bastava se olhar e indicar o objeto para logo a seguir surgir a pergunta: "Faiscoste"... Quanto vale. A seguir, o preço era dado por escrito e o objeto era compraqdo ou não. Na Dinamarca, as senhoras munidas de cachorros, tinham até lugares para atar seus cães defronte às casas comerciais. Também lá o charuto e muito principalmente o cachimbo, são usados por todos desde as senhoras até às crianças, fato também visto por nós na Alemanha Na Grécia, encontramos as mulheres mais lindas do mundo, pois as gregas são de fato muito bonitas em tudp. Em Sofia, o cheiro da calefação fazia mal a todos, e quando se chegava a um país da Cortina de Ferro, todos já comentavam que teríamos que suportar o mau cheiro, que revoltava a todos estômagos. Vamos falar também na lavagem de roupa, que era sempre feita por todos nas pias dos hotéis. Os atletas tornaram-se aptos para auxiliar suas esposas, já que viraram também craques neste mister.

Campanha


Imagens da delegação 

Fotos supostamente tiradas por Juarez Flores
Redação Edson Pires

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Érica Lopes - atleta mais destacada do ano de 1959

 Recordista gaúcha em 50 - 75 - 100 - 200 - 4 x 100 metros. duas vêzes "atleta mais destacada da semana" e "melhor atleta do ano" de 1958

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Grêmio Líder do Primeiro Turno 1958

Esta foi a equipe do Grêmio que venceu o Grenal de Nº 145 trazendo o Bicampeão à liderança do 1º turno.

[...] a impressionante combatividade dos atletas que defendem o pavilhão tricolor se fez presente da forma mais viva possível.



Osvaldo Rolla, o competente técnico Bicampeão, disse à imprensa:
- Foi uma grande, maravilhosa atuação do center Juarez. Foi o principal fator da vitória. Não só dele, é claro; mas de tôda  a equipe que trabalhou como de fato uma equipe deve trabalhar.


Quanto mais forte era o assédio à meta adversária, Ayrton, o eficiente zagueiro, disputou bolas inclusive perto da pequena área colorada, como a foto registra.


Mourão mergulha, espetacularmente, do alto do alambrado em direção à torcida. Dando expansão a sua alegria, o médio tricolor dá um salto sensacional para confraternizar com os torcedores. Disse que pagou uma promessa...

O Internacional marcou o primeiro goal. Este, porém, foi o sinal para a arrancada do Grêmio em direção à vitória. Atirou-se à luta com disposição indizível e transfigurou por completo o panorama do espetáculo. Teve o Bicampeão oportunidade de demonstrar uma vitalidade e um estado físico excepcionais, fazendo sua uma vitória que significou a liderança do 1º turno.

Grêmio - Germinaro; Orlando, Airton e Mourão; Elton e Enio Rodrigues; Vieira (Rudimar), Gessi, Rudimar (Juarez) Milton e Juarez (Vieira)
Internacional - La Paz, Zangão, Florindo e Barradas. Verardi e Joel; Joaquinzinho, Bodinho, Larri, Tati e Ivo Diogo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

14-05-1949 Grêmio 3 x 1 Nacional

Perante uma multidão, calculada em cerca de 35 mil pessoas, entra em campo a equipe tricolor. Capitaneados por Clarel, os craques gremistas fazem a volta olímpica do "Centenário" conduzindo a bandeira do clube aniversariante, o Nacional de Montevidéu.

Grêmio: Sérgio, Clarel (Allegretti) e Johni; Hugo (Danton, Adams e Allegretti); Aurélio, Teotonio, Hermes, Geada, Alvaro e Ariovaldo.
Nacional: Paz; Raul Pini e Tejera; Gambeta, Rodolfo Pini e Cruz; Castro, Walter Gomez, Atílio Garcia; J Garcia e Orlandi

"A data de quatorze de maio de mil novecentos e quarenta e nove ficará gravada na história dos desportos gaúchos, pela grande vitória internacional conquistada em gramados uruguaios pelo conjunto do Grêmio Futebol Portoalegrense, que sem dúvida foi um dos maiores feitos do futebol dos pampas de todos os tempos."

O grande prélio

A expectativa para o encontro internacional era por demais grandiosa. Estariam em campo dois consagrados conjuntos: o do Nacional, que ostentava as honras de bi-campeão uruguaio e o Grêmio Futebol Portoalegrense que há bem pouco vinha sagrar-se campeão de um certame em sua terra.

Lances principais:

Coube movimentar o marcador o conjunto do Nacional por intermédio do seu insider, José Garcia, quando decorriam apenas 75'' de jôgo. Hugo cometeu falta sôbre o ponteiro Castro, o qual cèleremente cobrou a penalidade e endereçou o couro a José garcia. Êste avançou alguns passos e quando Sérgio veio ao seu encontro, atirou inapelàvelmente para dentro de sua cidadela (NAC 1 X 0 GRÊ)
[...] Ariovaldo, centrou alto, Geada de cabeça estendeu a Hermes e êste a Teotônio. O ponteiro atirou forte, batendo o couro no médio nacionalista Cruz, que assim desviou para a sua própria cidadela... (NAC 1x 1 GRÊ)
Segundo tempo:
Na etapa derradeira do prélio, foi que os visitantes marcaram mais dois tentos que lhe viriam dar esta grande vitória internacional.
Decorriam cerca de 23' desta fase, quando Geada foge a marcação de um contrário e avança, resolutamente a goal. Quando o centro atacante estava frente a cidadela do quaro local, foi trancado pelo zagueiro nacionalista, dentro da grande área. O juiz incontinente apontou para a marca fatal. O mesmo Geada destacado a bater, o fêz com muita segurança, enviando a bola as redes contrárias (NAC 1 x GRÊ 2)
Aos 33', num pênalti cometido por Clarel e que José Garcia desperdiçou, perdendo assim a maior oportunidade para empatr a peleja.
Faltavam apenas 3' para ser encerrada a contenda, quando os portoalegrenses obtiveram o seu terceiro tento que daria por finda a movimentação da contagem. Adams de posse do couro avançou e já no campo contrário entregou a Allegretti. O médio apoiador progrediu até a altura da grande área adversária sem que fosse hostilizado pelos jogadores contrários. E numa posição previlegiada, atirou com a violência que lhe era peculiar, vencendo pela terceira vez a cidadela uruguaia e conquistando assim o clube gaúcho, uma grande vitória internacional.
(NAC 1 x GRÊ 3)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Última Palavra


Em uma época remota em que os dirigentes podiam dar a última palavra. Hoje, creio que só o Berlusconi consegue fazer isso...

Tricampeonato de 58

Milton num tento de bela feitura abre a contagem





Golo do Grêmo: uma bomba autêntica de Giovani decreta a terceira queda do arco índio da fronteira

Uma das poucas e seguras intervenções de Germinaro na Batalha pelo Título estadual
Grêmio absoluto no gramado, com uma falta de sorte impressionante não conseguia dilatar a contagem. Giovani finalmente achou o caminho dos barbantes

O triunfo categórico do onze tricolor, vencendo a equipe do Guarani de Bagé, dia 11 de março, por um escore de 3 tentos a zero, deu-lhe o título de Tricampeão Estadual e mostrou mais uma vez a segurança de sua defensiva e a disposição de sua vanguarda.
A retaguarda gremista, reeditou uma de suas grandes exibições, não permitindo que o ataque da "Rainha da Fronteira" oferecesse muito perigo à cidadela de Germinaro. Embora jogando melhor do que da vez anterior, com seus homens de frente lutando com destemor, o quinteto dos "índios" não conseguiu mais do que manter, em vários momentos, bem alerta a extrema defesa tricolor.


A MARCHA DA CONTAGEM Depois de atingir os postes da meta de Célio por duas vezes (uma bola no direito e outra na esquerda), os tricolores, com um goal contra, acharam, tranquilamente o caminho da vitória. Aos 38 minutos, Milton lançou Juarez. O comandante correu e encontrou Danga pela frente, já junto à pelota. O zagueiro, de primeira, atrasou para Célio, a fim de evitar a entrada do comandante. Célio, que abandonara a meta, foi encoberto pela atrasada de Danga e o couro morreu mansamente nas rêdes bagéenses. Na segunda etapa, apesar de continuar dominando a partida, o clube do Olímpico só foi marcar o segundo goal aos 30 minutos. Giovani recebeu de Juarez, no bico direito da grande area. Ameaçou cruzar. A defesa parou e o ponteiro fez a pontaria. O couro partiu forte, vencendo Célio, que inutilmente tentou a defesa.. Aos 41, coube ainda a Giovani marcar o último goal. Recebendo dentro da area, Giovani avançou, apontou e o couro sacudiu as malhas de Célio pela terceira vez.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O tri-campeão joga mal em 59... mas, depois, é tetracampeão!

1959 - TETRACAMPEÃO ESTADUAL E TRICAMPEÃO DE ASPIRANTES
A Magnífica temporada consagrou mais uma vez em a brilhante equipe gremista, pois além do certame regionalo galhardamente vencido, participou da primeira TAÇA BRASIL, de âmbito nacional, instituída pela C.B.D. para clubes campeões estaduais, e de uma série de amistosos em que também se houve um real sucesso.

Campanha de 1959

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ortunho - Esperança tricolor para a campanha de 1959


O "colored" vindo do Vasco da Gama, firma-se, dia a dia, como uma verdadeira barreira humana, capaz de nivelar-se com os demais participantes da extraordinária defensiva tri-campeã.
Jorge Carneiro, esse o seu nome, nasceu em Pôrto Alegre a 1º de Outubro de 1935, iniciando sua carreira pelos juvenis do Internacional em 51, passando após para o Nacional, de onde transferiu-se para o Vasco da Gama, da capital federal. Acompanhou o clube vascaíno na excursão que realizou para à Europa, apresentando-se em diversos países do velho mundo.

Aristoteles Loss

Ortunho (então no Vasco) em disputa de bola com Vi

sábado, 15 de janeiro de 2011

São Paulo caiu também - 17/02/1959

Grêmio - Germinaro; Orlando (Figueiró); Airton e Ortunho; Elton e Ênio Rodrigues; Giovani, Rudimar (Gessy), Juarez, Milton e Vi
São Paulo - Fernandes, De Sordi, Mauro e Riberto; Dino e Vitor; Maurinho Faustino (Canhoteiro), Fernando Celso, Faustino (Melão) e Valinho

"O Grêmio venceu ao São Paulo, vice-campeão bandeirante, por 1 x 0, dia 17-2-59, no Estádio Olímpico. O único goal da partida interestadual foi anotado aos 10 minutos do tempo complementar, por intermédio do meia-esquerda Milton.
A linha avançada do Grêmio é de virtudes sobejamente provadas. Integram-na homens que buscam com afã a meta adversária [...] Constituem um grupo homogêneo, que tem serenidade que só a autêntica categoria outorga.
Airton, Ortunho, Rudimar e Giovani foram os melhores do quadro vencedor. Rudimar, que despontava como grande valor, deixou o campo no segundo tempo, por ter-se sentido do mal que o deixava fora de ação há muito tempo.
Entre os vice-campeões paulistas, destacaram-se De Sordi, Mauro, Canhoteiro, Vitor e Riberto. De Sordi e Mauro, do trio campeões do mundo do São Paulo, provaram suas qualidades no Olímpico."